terça-feira, 13 de março de 2012

Good way from Marina

 Olha só, você, que devia aprender em vez de ensinar. Já não é de hoje que seus olhos me chamam atenção; que tenho uma imensa vontade de ensinar. Mas eu não percebi que você já estava a alguns passos na minha frente. Acho que não notei nosso andar simultâneo  por se tratar de matérias diferentes.
 Eu quero um português com palavras certas, coerência e exatidão enquanto você quer artes, com rabiscos, pingos e linhas tortas. 
 Eu poderia escrever um texto torto, daqueles que as crianças se interessam quando feito em espiral ou em alguma outra forma... mas você já não é criança e logo entenderia que nada mais é que um texto normal.
Você poderia desenhar em alguma forma lógica, uma estética certinha, onde os desenhos se encaixem e façam uma poesia! Mas não há nisso a sua alma de artista.
 Eu vou esperar a sua arte se encaixar no meu português, vou esperar sua alma mudar e, enquanto isso, vou tentar aprender a rabiscar. Vou fazer um texto com as cores que você já me trouxe e pregar em sua mesa, vou deixar você querer aprender português.

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