sexta-feira, 5 de março de 2010

Sinto sua falta.

Sei que pode ser um pouco tarde, e minhas palavras não serão lidas nem ouvidas, mas queria conversar com você.
Quero que saiba que lembro de cada detalhe da minha infância ao seu lado; você trazendo "balinha chita" e de canela pra mim e pra minha irmã; suas brincadeiras e palavras, falando que eu iria ser uma modelo famosa, e que meu pai devia investir nessa carreira pra mim rs.
Você sempre arrumando cavalos pra mim, quando eu era mais nova e falava em ser veterinária e trabalhar em algum haras, cheio de mangas-larga e árabes...
Lembro de quando me ensinou a jogar truco, quando passava horas comigo na cama tentando explicar que o "7 de coração" valia mais que o "7 de losango".
Lembro que você sempre se preocupava comigo e com a minha irmã, quando íamos na fazenda. Você falando que não podia chegar perto da vaca com o bezerro novo... e falando que não podíamos chegar muito perto das outras, porque elas davam coice. Lembro de quando me ensinou a tirar leite na "Palmeira", a vaca amarela que meu pai tinha... Lembro de tratar da minha bezerrinha sem mãe também, a Teresa... E da arte que ela fez no seu carro rs. Lembro de você tentando entender como um celular podia tirar foto, e da sua expressão quando mostrei os vídeos que tinham nele.
E lembro da sua imagem mais recente... No hospital.
Você estava magro, fraco... Frágil. E mesmo assim, se preocupava em oferecer água e suco de caju pra mim e pra minha irmã rs.
Não vou me esquecer, nunca, de tudo que você falou e fez por mim. Sinto saudade, e espero que você esteja melhor.
Fique com Deus, vovô.

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