sábado, 28 de maio de 2011

Pra minha purgante que só me chama de cabeção

Eu e minha irmã somos contraste: sou alta, ela é baixa. Gosto de sair, ela não. Gosto de português, ela faz engenharia. Ela ama café e carne, não tomo café e não sou muito fã de carne. Ela usa óculos, eu não. Ela estuda, eu... tento! São todos os contrastes possíveis, tanto físicos como psicológicos. Mas a gente se completa de um jeito estranho, até nas brigas.. ou quando ela fala um "hã" sem abrir a boca à noite pra saber se eu to dormindo, ou quando ela dá uma de chata e conta as minhas coisas pros nossos pais, ou quando ela inventava as melhores brincadeiras de caça ao tesouro na fazenda do nosso avô.
 Certo que ela se aproveitava por ser a mais velha, sempre arrumando umas peças de uma ser rica e a outra (eu) ser pobre, uma ser policial e a outra a  garimpeira, uma ser a madame e a outra a empregada... Enfim, não preciso dizer quais eram os meus papéis, né? Acho que irmãos mais velhos tem essa tendência de sempre nos passar pra trás e ainda nos fazer acreditar que estamos em um lugar privilegiado.
 Eu sempre reclamo dela pelo jeito que ela sempre me implica, de como ela reclama quando não faço almoço variado ou com carne ou até mesmo quando eu falo que vou fazer miojo, mas a gente passou por tudo juntas; pela viagens chatas, pelos parentes trocando nossos nomes quando éramos mais novas, pelas vezes que fiquei doente e não a deixava dormir ou quando eu cismava que tinha um cara atrás da janela do nosso quarto e pulava na cama dela pra dormir. Brincávamos de "rouge" (ela era a Fantine e eu a Patrícia), de telefone feito de latinha de nescau, de bate-bunda (brincadeira que inventamos super idiota), de circo.. são milhares de detalhinhos e brincadeiras que a gente passava o dia inteiro fazendo... Sinto falta disso!
 Hoje em dia moramos juntas (como sempre, mas sem nossos pais) mas não somos tão ligadas como antigamente, de ficar conversando por mais de 1 hora ou fazendo alguma coisa juntas. A faculdade, os trabalhos, os deveres domésticos, a falta de tempo em si... isso tudo contribuiu pra que a gente acabasse com aquela coisinha mágica que a gente tinha de fazer o tempo passar em um piscar de olhos.
 Priscila, se você ler isso, não se ache. Gosto de você mas ainda te acho uma fofoqueira chata e mimada E A SUA LOUÇA AINDA TÁ NA PIA PRA LAVAR, então saia daqui e vá lavar.
Enfim (palavra que ela fala que tá super chata porque eu falo toda hora), só quero dizer que apesar de não dizer isso, eu te acho a melhor irmã do mundo e ainda vamos pra Paris pra você conhecer o louvre (com o seu patrocínio, claro).
(sua mania de nunca querer tirar fotos comigo me obrigou a não colocar nenhuma foto nossa aqui, obrigada aí, toscona)
Ah, e odeio quando você me obriga a sair com o computador da sala pra assistir casos de família.

3 comentários:

  1. "Certo que ela se aproveitava por ser a mais velha, sempre arrumando umas peças de uma ser rica e a outra (eu) ser pobre, uma ser policial e a outra a garimpeira, uma ser a madame e a outra a empregada... Enfim, não preciso dizer quais eram os meus papéis, né? Acho que irmãos mais velhos tem essa tendência de sempre nos passar pra trás e ainda nos fazer acreditar que estamos em um lugar privilegiado."

    pqp, vi eu e minha irmã quando éramos mais novos, coitada, eu acabava com ela kkkkkkkk

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  2. Gostei do seu blog
    Bem bacana
    Parabens

    Quando tiver tempo dá uma passada lá no meu blog

    potedepensamentos.blogspot.com

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  3. Ow vc escreve uns trem que eu raxo demais aqui rs por isso q toda vez eu comento né , de onde se tira isso ? "uma ser policial e a outra a garimpeira" kkkkkkkkkkkkkk vcs num era feliz não né deixa rsss . Mais ou mora sozinha é uma coisa ,mora sozinha com irmã é oooutra ¬ Quando se falo de fofoca tudo pros pais se tava era falando era da Mandinha msm que ve , a amanda e a priscila deve se farinha do msm saco só pode.Mais tem o lado bom mandinha aqui é como se fosse minha mãe (ai q coisa fofa) só q sem autoridade claro !

    Dani M

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