sexta-feira, 22 de abril de 2011

E bate aquela vontade de escrever até você olhar no relógio e ver que já passou da hora de ir dormir. Pra quem bebe, um gole de álcool, de qualquer qualidade ou nome estranho. Pra quem gosta, uma boa xícara de café. Pra quem fuma, 2 cigarros.
 E aquele frio da janela entra em você, te faz sentir a mesma sensação de quando você vê um velho amigo ou um atual amor (não) correspondido. O frio na barriga e os sapos as borboletas tentam sair de você, revirando tudo por dentro. Não quero imitar, não quero forçar e tampouco mentir, mas assumo falar o que não sinto e esconder o que acho. Tenho a necessidade de dizer coisas pra tentar te segurar, forçar a companhia, perguntar, mas na verdade tenho medo. Medo ser como foi e, de novo, eu ficar com a sensação de "foi uma farsa".
  Já consigo escrever pensando em você e imaginar como seria a sua reação ao saber que "sim, esse texto foi pra mim". Mas não, não é a reação que eu esperei, não é a reação que eu quis e, mais uma vez, "foi uma farsa". Só me resta esperar, como em todas as outras vezes em que fui incapaz de falar ou fazer algo que mudasse a relação e que, talvez, levasse o sentimento adiante. Não me cobre nem me espere, apenas deixe ser.
 Eu já escreveria milhões de cartinhas e recados em todos os lugares que você vai, e isso é um bom sinal... Não é? Mas escrevo aqui pra não arriscar a falar demais e dizer o que não sinto, fazer coisas por impulso como sempre faço. Me vejo em preto e branco, não acredite nas minhas cores. Aliás, minhas cores são seu reflexo ou é você que me reflete?
 Sinceramente, espero que você não entenda e não questione.E olhe só, já passou da hora de ir dormir.

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